domingo, 14 de abril de 2024

Uma fortuna


 Havia uma ária cantada nos gestos

Dum tempo indigesto em que haviam fardas;

Eram brancas, pardas, ruivas umas duas

E as duas, - eu Roma - Aníbal Barca.


Se havia essa ária, eu ouvia cantata

Um minueto solene tocava em mim;

O réquiem de Mozart que ali se encerrava

Não podia mais lamúrias causar assim.


Uma fortuna eu tinha: fui pequeno

Fui mesquinho, cobicei a do outro;

Perdi-me a minha. Tranquei-me as portas,

Chorei de desgosto.


E a Roma arrasada - sem nenhum adorno

Ergueu-se sozinha.

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